Respondo com o próprio Paulo Freire:
“A experiência histórica, política, cultural e social os homens e das mulheres jamais pode se dar “virgem” do CONFLITO entre 'as forças que obstaculizam a busca da assunção de si por parte dosindivíduos e dos grupos e das forças que trabalham em favor daquela assunção. A FORMAÇÃO DOCENTE QUE SE JULGUE SUPERIOR A ESSAS “INTRIGAS” NÃO FAZ OUTRA COISA SENÃO TRABALHAR EM FAVOR DOS OBSTÁCULOS”. (FREIRE, 1996, p. 23)
Em outras palavras, para Paulo Freire, o ensino deve estimular que os alunos tomem um lado, que é o do “grupo” que trabalha a favor da assunção dos indivíduos, e os docentes que não querem estimular a luta de classes estão a favor dos que bloqueiam a libertação individual.
Quantos indivíduos vimos ser calados por uma opinião embasada em fatos aqui mesmo no nosso Estado do Espírito Santo? Quantos foram calados por suas próprias lideranças religiosas que venderam suas consciências para um partido político?
O que acontece com o Professor que simplesmente quer ensinar de forma séria e imparcial conforme preconiza o projeto “Escola sem partido”?
No próximo dia 02 de maio, Paulo Freire fará 28 anos de falecimento, mas em 58 anos de legado desse educador, o que vemos na prática é que muitos de seus apóstolos se tornaram parte de uma massa ditatorial que não tolera o pensamento dos indivíduos que ousam ter a tão falada consciência crítica e que ousam dizer publicamente o que pensam!
Fonte:
FREIRE, Paulo. Pegagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
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